tag:blogger.com,1999:blog-20830431250741561612024-03-05T04:35:36.970-04:00Ideias PropaladasLygia Prudentehttp://www.blogger.com/profile/14679611216949872588noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-2083043125074156161.post-77201956424711175902010-10-15T00:53:00.000-04:002010-10-15T00:53:37.238-04:00Dia do Professor<span lang=""> <div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo5P8N1OeejBm_quBh6zn8UmuPMaJW1g-NCIm2teWppSb_2_I7rpGcU0mhxHW0yUjNc-KeON4WtfBnkyV0kCguEpIPZtBSvcmNpJ5GNuRVtT3R8r0s22u57LTCTbAa9EAhsBpW7yf5WWrP/s1600/maca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo5P8N1OeejBm_quBh6zn8UmuPMaJW1g-NCIm2teWppSb_2_I7rpGcU0mhxHW0yUjNc-KeON4WtfBnkyV0kCguEpIPZtBSvcmNpJ5GNuRVtT3R8r0s22u57LTCTbAa9EAhsBpW7yf5WWrP/s320/maca.jpg" width="320" /></a></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lembro-me como se fosse hoje. Estávamos chegando ao primeiro ano do ensino médio - o clássico. Eu optei pelo clássico - tinha muito a ver comigo, pelo aprofundamento na área de humanas, que sempre foi o meu forte. Eu já gostava de ler e escrever também. Convém frisar que a escola daquele tempo não era a extensão da sua casa que lhe conquistava pelo acolhimento e pela liberdade de andar e agir, como é hoje. Era imponente e mantinha uma austeridade e um tradicionalismo muito forte, arraigado nas relações entre professores e alunos, afinal éramos a geração desabrochada da ditadura, quando tudo era proibido. Mas, nada disso interferia no prazer da rotina escolar, o que para a grande maioria das alunas, representava a liberdade da rua sem o olhar vigilante dos pais. Sem falar que o Atheneu Sergipense representava o que de mais sólido tinha, em se falando de educação e de instituição também. Esta transição do Atheneuzinho para o Atheneu perspassava um misto de orgulho e "soberba". Quem não vivenciou os desfiles do dia 7 de setembro, cujos espectadores aguardavam ansiosos, no sol escaldante de depois de meio-dia, a passagem do último colégio - o Atheneu - garboso com sua banda marcial e as meninas e meninos atraentes naquele inesquecível fardamento de gala? Pois bem, a essa altura da minha vida escolar, ainda não tinha conseguido gostar de História, disciplina cursada mais por obrigação que por atração, apesar do que representava para uma bagagem cultural e entendimento de um passado que sustentava os acontecimentos nos dias atuais. A ansiedade desse início das aulas estava pautada na expectativa de quem seriam os professores que estariam conosco neste ano letivo e o quadro docente do Atheneu era composto de excelentes profissionais, - os melhores do estado - mas nem sempre simpáticos aos alunos, adolescentes contidos se compararmos à realidade de hoje, e raros os de postura democrática. A minha turma teve conhecimento que para a áea de História, teríamos a <strong>Profª Maria Augusta Lobão</strong>, cuja fama era de professora exigente e muito "dura", no sentido de se colocar frente aos alunos. Imaginem vocês que os primeiros dias para mim foram sofridos, pelo que o conhecimento que "supunha" ter da professora pudesse me desestabilizar considerando que História não era a "minha praia", como se diz hoje. Independente disso, o meu comportamento em sala sempre foi de uma postura comprometida, e à medida que os dias iam passando, eu fui me interessando pelo conteúdo trabalhado em sala e começando a achar que havia um certo exagero na propalação de quem seria a Professora Maria Augusta Lobão. A grade curricular propunha um conteúdo que trabalhava, praticamente todo o ano letivo, a Revolução Francesa e me senti atraída pela forma como a professora rebuscava os dados maçantes com as histórias de amor dos seus personagens. Napoleão e sua Josephine, Luis XVII e Maria Antonieta, deixando fluir o seu talento na partilha do conhecimento, e, sem saber, despertando o meu interesse por História, até então, disciplina infértil na minha cabeça de adolescente. Quanto tempo perdido. Valorizo hoje a postura e o talento de uma educadora que mudou comportamentos e conceitos através de metodologia simplista que adotou como sua. Neste 15 de outubro de 2010, avoco a sua lembrança <strong>Profª.</strong> <strong>Maria Augusta Lobão</strong>, e em seu nome parabenizo a todos quantos se dedicam a essa jornada de dedicação e renúncia no tortuoso caminho da educação brasileira. Parabéns a nós, educadores, neste Dia do Professor!</span></div></span>Lygia Prudentehttp://www.blogger.com/profile/14679611216949872588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2083043125074156161.post-52720280154406383002010-10-05T18:29:00.000-04:002010-10-05T18:29:43.858-04:00Janela do Mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqKl-9W_kHEnHi85ESEGytpabFAjLSpoOG3JsbH2BQMTYXJ_YOCURpO6XE2xuUmaSa99pZzuB4DsOCfAObhS911jROhABiu5lW1x8rDU19EkWz2kKNgwL613O-4Ms-BUv_HDXD9Ob5I0MG/s1600/livros+e+imagina%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="97" px="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqKl-9W_kHEnHi85ESEGytpabFAjLSpoOG3JsbH2BQMTYXJ_YOCURpO6XE2xuUmaSa99pZzuB4DsOCfAObhS911jROhABiu5lW1x8rDU19EkWz2kKNgwL613O-4Ms-BUv_HDXD9Ob5I0MG/s400/livros+e+imagina%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A leitura possibilita uma travessia pelo desconhecido, conhecendo lugares, pessoas, provocando o exercício da imaginação, fonte do prazer da liberdade. Assim, ampliam-se os horizontes, enriquecendo as idéias com as vivências contidas nos livros. Lendo, passeia-se pelo imaginário, dando vazão a desejos e pensamentos adormecidos no inconsciente. Lendo, conhece-se a vida de personalidades, estadistas, figuras ilustres. Olha, tenho uma boa lembrança da minha infância, sempre muito estimulada para a leitura, porque meus pais gostavam de ler e mantinham uma estante que ficava sob a escada que dava acesso ao andar superior de onde morávamos, sempre atualizada. Tenho boas lembranças desse tempo e me recordo que nas datas de aniversário de casamento deles, trocavam livros com dedicatórias belíssimas que conseguiram despertar em mim a Lygia romântica que eu sou hoje. Percebemos que hábitos como esse de se presentear com livros, estão cada vez mais escassos, superados pela tecnologia dos games. E assim, educam-se, hoje, as crianças, sem acesso à leituras e, consequentemente, privadas de uma rica fonte de fantasia e imaginação. Precisamos nos comprometer em prol da difusão do valor que tem o livro, porque é fundamental que as crianças sintam-se tentadas a ter contato, até para sentirem a textura, manuseando mesmo sem ler, ainda, as folhas - janelas do mundo. As visitas à livrarias devem ser inseridas em roteiros de passeios aos shoppings, por exemplo, onde, com certeza, as crianças vão aos poucos, familiarizando-se com o ambiente, com escolhas pela atração que a obra possa transmitir, educando o olhar, a atenção, a percepção, além de estimularem as próprias emoções, experimentando novas sensações e distinguindo entre os bons e maus sentimentos. Não podemos esquecer de como a leitura enriquece o vocabulário de forma muito didática. Sem perceber, a criança vai mudando a sua forma de falar, tornando-se mais precisa, mais curiosa por palavras novas, mais exigente quanto às explicações que lhe são dadas, aguçando a sua criticidade até em relação às questões do mundo. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tudo muito naturalmente absorvido.</span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEZ6ihSJesdxO_TrZ67_k2x-lQRJLeqbYMOYoCbYPxevb-ghiE3wrsuhW7hQONHXfnNxgT6ctU_-QspaBNgLs0DBf6VmgtFo63_L4_Hd7jlqr_KWeNHE8KId76UiS5FLVYMMahq5KeSk13/s1600/abra%C3%A7o+das+letras.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="200" px="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEZ6ihSJesdxO_TrZ67_k2x-lQRJLeqbYMOYoCbYPxevb-ghiE3wrsuhW7hQONHXfnNxgT6ctU_-QspaBNgLs0DBf6VmgtFo63_L4_Hd7jlqr_KWeNHE8KId76UiS5FLVYMMahq5KeSk13/s200/abra%C3%A7o+das+letras.jpg" width="157" /></span></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Enfatizamos que a interferência dos leitores na escolha é primordial, para que possam ver sentido na leitura. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> À nós, educadores, e também aos condutores deste trabalho de conquista, cabe mostrar que a literatura não é “coisa de velho”. Ela direciona obras para todas as idades. A criança e o adolescente também são alvos de obras atraentes, com temas do seu universo, que refletem a realidade que os cercam, a exemplo do racismo, da violência, bullying, com objetivos claros de auxiliar o jovem a criar bases para formar opinião própria. Começando cedo este processo de sensibilização, a criança sentir-se-á atraída pelo prazeroso universo da leitura, sem as complicações de um processo de transformação de um adulto em leitor nunca despertado para esse prazer, anteriormente. É importante ressaltar que a leitura pode mudar a vida da pessoa e contribuir para conquistas palpáveis, como a aprovação em concursos, ascensão profissional, bagagem para um simples bate-papo num barzinho, e outros. Enfim, o livro proporciona uma sublime viagem, alargando horizontes e enriquecendo o conhecimento e a cultura geral do indivíduo. </span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><br />
</div>Lygia Prudentehttp://www.blogger.com/profile/14679611216949872588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2083043125074156161.post-16211156243887791042010-09-25T15:41:00.000-04:002010-09-25T16:09:39.063-04:00Ressignificar sempre<div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Os tempos são outros e a "cartilha", exaustivamente trabalhada, não é mais parâmetro para a formação de professores que pretendem ingressar na realidade da educação brasileira. Pelo que sabemos, não há interesse algum, concretamente falando, por parte do Congresso, em melhorar o currículo escolar e, quando a pressão neste sentido fica evidente, a proposta "inovadora" é criar disciplinas novas, fragmentando ainda mais conteúdos que precisam ser trabalhados de forma interdisciplinar, inseridos numa visão sistêmica. Não estamos aqui a menosprezar o que tem servido de norte em termos de conteúdo, mas havemos de convir que contribui muito pouco para o enfrentamento da realidade dura de salas de aula brasileiras e muito mais de perto, as nossas aqui do nordeste. Concordamos que a adesão à novas tecnologias é preponderante, mas não estamos a falar desse recurso e sim, da exploração, no bom sentido, da criatividade, do imaginário, da vivência de cada aluno, para formatar os pilares da sua atuação no futuro, porque ele - o profissional bem preparado - conduzirá a nova geração por caminhos bem mais pés-no-chão. É incontestável que o ensino acadêmico tem recepcionado um alunado, significativamente, heterogêneo, no que se refere ao aspecto congnitivo. Consequentemente, tem sob a nossa guarda, turmas que não desenvolvem o quanto deveriam por conta do despreparo e da defasagem que apresentam de conteúdos básicos, de lá do início da vida escolar. Acreditamos que a solução para o ensino não está nas decisões tomadas pelas instâncias superiores e por aqueles considerados de notório saber em educação (conceito muito discutível se tomarmos por base de análise a teoria e a prática), quando permitem a adoção de quotas para o vestibular e a queda acentuada da média para aprovação nos níveis fundamental e médio (obscurecendo o fracasso em termos de aprovação do ensino público, consequência do mal ensinado e do mal aprendido). O mais coerente e o mais efetivo seria buscar a qualidade de ensino, e esta só será encontrada quando houver uma preocupação com as causas que levam a isso. É inadimissível que professores da rede pública que representam a excelência no ensino privado, não produzam da mesma forma e com os mesmos resultados. O que está faltando: bons administradores, alunos que queiram realmente aprender, envolvimento da família com a escola, políticas públicas ou investimento real? Acho que um pouco de cada, num trabalho sequenciado, que não morra a cada eleição. Que orgulho hipócrita é esse que seja preciso desmanchar tudo que foi feito pelo antecessor, para que se possa lançar novos projetos - que de novos não têm nada - com uma nova marca. A marca política. Precisamos ser conscientes porque o ensino e a responsabilidade de trabalhar nele é coisa séria.</span></div>Lygia Prudentehttp://www.blogger.com/profile/14679611216949872588noreply@blogger.com0