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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Janela do Mundo


A leitura possibilita uma travessia pelo desconhecido, conhecendo lugares, pessoas, provocando o exercício da imaginação, fonte do prazer da liberdade. Assim, ampliam-se os horizontes, enriquecendo as idéias com as vivências contidas nos livros. Lendo, passeia-se pelo imaginário, dando vazão a desejos e pensamentos adormecidos no inconsciente. Lendo, conhece-se a vida de personalidades, estadistas, figuras ilustres. Olha, tenho uma boa lembrança da minha infância, sempre muito estimulada para a leitura, porque meus pais gostavam de ler e mantinham uma estante que ficava sob a escada que dava acesso ao andar superior de onde morávamos, sempre atualizada. Tenho boas lembranças desse tempo e me recordo que nas datas de aniversário de casamento deles, trocavam livros com dedicatórias belíssimas que conseguiram despertar em mim a Lygia romântica que eu sou hoje. Percebemos que hábitos como esse de se presentear com livros, estão cada vez mais escassos, superados pela tecnologia dos games. E assim, educam-se, hoje, as crianças, sem acesso à leituras  e, consequentemente, privadas de uma rica fonte de fantasia e imaginação. Precisamos nos comprometer em prol da difusão do valor que tem o livro, porque é fundamental que as crianças sintam-se tentadas a ter contato, até para sentirem a textura, manuseando mesmo sem ler, ainda, as folhas - janelas do mundo. As visitas à livrarias devem ser inseridas em roteiros de passeios aos shoppings, por exemplo, onde, com certeza, as crianças vão aos poucos, familiarizando-se com o ambiente, com escolhas pela atração que a obra possa transmitir, educando o olhar, a atenção, a percepção, além de estimularem as próprias emoções, experimentando novas sensações e distinguindo entre os bons e maus sentimentos. Não podemos esquecer de como a leitura enriquece o vocabulário de forma muito didática. Sem perceber, a criança vai mudando a sua forma de falar, tornando-se mais precisa, mais curiosa por palavras novas, mais exigente quanto às explicações que lhe são dadas, aguçando a sua criticidade até em relação às questões do mundo. Tudo muito naturalmente absorvido. Enfatizamos que a interferência dos leitores na escolha é primordial, para que possam ver sentido na leitura.  À nós, educadores, e também aos condutores deste trabalho de conquista, cabe mostrar que a literatura não é “coisa de velho”. Ela direciona obras para todas as idades. A criança e o adolescente também são alvos de obras atraentes, com temas do seu universo, que refletem a realidade que os cercam, a exemplo do racismo, da violência, bullying, com objetivos claros de auxiliar o jovem a criar bases para formar opinião própria. Começando cedo este processo de sensibilização, a criança sentir-se-á atraída pelo prazeroso universo da leitura, sem as complicações de um processo de transformação de um adulto em leitor nunca despertado para esse prazer, anteriormente. É importante ressaltar que a leitura pode mudar a vida da pessoa e contribuir para conquistas palpáveis, como a aprovação em concursos, ascensão profissional, bagagem para um simples bate-papo num barzinho, e outros.  Enfim, o livro proporciona uma sublime viagem, alargando horizontes e enriquecendo o conhecimento e a cultura geral do indivíduo.

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